Nova norma apresenta método para dimensionar circuitos elétricos em edificações

O Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) encabeçou uma comissão de estudos junto a Associação Brasileira de Normas Técnicas  (ABNT) para criar  uma nova norma brasileira, que associa o dimensionamento elétrico das edificações a economia de energia e redução das emissões de CO2.

A norma, a NBR 15920:2011, foi lançada em outubro, em evento destinado a projetistas, em São Paulo. Ela é aplicável a todas as instalações elétrica de baixa e média tensão e também, para redes de transmissão e distribuição de  energia. A norma, chancelada pela ABNT, é resultado de um trabalho do Procobre para que o redimensionamento da seção (diâmetro) do cabo elétrico promova menos perda de energia, reduzindo assim, o consumo, e por consequência, o preço da conta de luz, além de diminuir a emissão de gases de efeito estufa, como o CO2.

A nova NBR também serviu de base para o desenvolvimento de um software que dimensiona os circuitos elétricos das edificações levando em conta aspectos de economia de energia e os efeitos positivos para o meio ambiente. De acordo com o engenheiro eletricista e consultor do Procobre, Hilton Moreno, responsável pelo software, as emissões de CO2 mais significativas ocorrem quando os condutores estão sendo utilizados no transporte de  energia elétrica.

Apenas um circuito elétrico, sob certas más condições, pode ser responsável pela emissões indireta de milhares de quilos de CO2 na atmosfera no decorrer de alguns anos.

”O software é direcionado a profissionais envolvidos com instalações elétricas e interessados em dimensionar circuitos elétricos com condutores de cobre de baixa tensão, ate 1.000V, pelo critério de dimensionamento econômico descrito na NBR 15920, acrescido de uma metodologia de cálculo para determinação da redução  da emissão de dióxido de carbono desenvolvida por técnicos no Japão”, explica Moreno.

Pelo fato de as normas brasileiras não terem caráter direto de lei, sua divulgação é fundamental. O objetivo é mostrar que o investimento em seções de cabos elétricos maiores pode gerar mais economias e ganhos ambientais a médio e longo prazo. ” Sabemos que quanto menos a seção do condutor elétrico, menor é seu custo inicial de aquisição e instalação, porém, maior é o custo operacional durante sua vida útil”, destaca.

O Procobre realizou estudos de casos utilizando o software para verificar a economia de energia e a redução das emissões de CO2 em seis tipos de edificações: um prédio de escritórios, dois shopping centers, um galpão industrial, um hospital e um hotel. Em todos os casos, houve uma economia de energia e ganho ambiental pela aplicação dos critérios da NBR 15920.