A Gestão de Ativos é uma atividade coordenada que envolve a estruturação de processos e atividades relacionadas e aplicadas ao ciclo de vida dos ativos, da aquisição à desmobilização, com o objetivo de extrair valor destes ativos.
A gestão de ativos permite que uma empresa examine as necessidades e o desempenho dos ativos e dos sistemas de ativos em diferentes níveis e etapas. Além disso, permite a aplicação de métodos de análise para a gestão de um ativo nas diferentes fases do seu ciclo de vida, que pode começar na concepção da necessidade do ativo, até o seu descarte.
Muitas vezes, assuntos urgentes e de curto prazo podem nos distrair de atividades importantes que podem entregar mais valor, especialmente a longo prazo. Nas companhias, estas situações não são diferentes. Um agravante são as estruturas departamentalizadas das empresas, cada qual com sua responsabilidade e metas, criando verdadeiros grupos que podem levar à perda de alinhamento entre
as áreas.
Porém, para o sucesso estratégico, todos devem trabalhar consistentemente para os objetivos comuns. E muitas vezes, o ambiente segmentado, prioridades e métricas de desempenho podem entrar em conflito, resultando em verdadeiro desalinhamento empresarial.
Uma gestão de ativos efetiva, pressupõe integração e participação de muitos indivíduos dentro de uma organização, ou seja, de equipes multifuncionais, com amplos conhecimentos sobre o tema. Esses profissionais devem possuir domínio para avaliar desde a necessidade de novos ativos, bem como dispor de conhecimentos sobre especificações técnicas, suprimento, regulação, finanças, operação, manutenção, inovação tecnológica e gestão de recursos, cabendo a eles, inclusive, o papel de nortear o conselho de administração, acionistas, reguladores, fornecedores e clientes.
Um dos motivos para implantar a gestão de ativos na companhia é que ela é uma influência integradora, e com a adoção de suas orientações, aumenta-se o engajamento dos funcionários, melhora a colaboração e as discussões técnicas no processo do ciclo de vida dos ativos. Os compromissos adotados nos comitês de discussões são transparentes e as prioridades da organização são alinhadas.
Os benefícios da implantação da gestão de ativos podem incluir, mas não estão limitados a:
• Melhoria no desempenho operacional;
• Melhoria do desempenho financeiro;
• Decisões de investimento em ativos de forma estruturada;
• Conhecimento e controle dos ativos críticos;
• Gestão de riscos;
• Melhoria de serviços e saídas;
• Melhoria no processo de aquisição de ativos;
• Melhoria nos projetos de ativos;
• Responsabilidade social demonstrada;
• Conformidade demonstrada, por exemplo, ambiente e outros regulatórios/legais;
• Melhoria da reputação e imagem da companhia;
• Melhoria da sustentabilidade organizacional, coordenação e comunicação;
• Melhoria da eficiência e eficácia.
Alguns benefícios podem ser avaliados diretamente e quantificados, como por exemplo, capital reduzido e custos de manutenção, maior disponibilidade de ativos e redução da exposição ao risco. Outros benefícios podem ser difíceis de mensurar, mas podem ser igualmente importantes em termos de geração de receita ou global desempenho dos negócios (como melhoria da reputação e satisfação do cliente/parte interessada).
Neste sentido, a gestão de ativos, de forma integradora, trará resultados satisfatórios para as companhias que adotá-la. Há evidências crescentes de que uma gestão eficaz de ativos é um diferencial para uma organização e contribui para uma operação segura, possibilitando o cumprimento das obrigações regulamentares e estatutárias das empresas.