PROTEÇÃO PASSIVA CONTRA INCÊNDIOS

Autor: Sergio Roberto dos Santos

A proteção contra incendios se apoia em quatros pontos: A construção do prédio, sistemas de proteção, procedimentos de segurança e a brigada de incêndio. Cada um destes pontos deve atender o seus objetivos através de um conjunto especifico de medidas. No entando isto pode ser feito de várias maneiras diferentes, mas com a consciência de que 100% de segurança não poderá ser alcançada, pois o sistema de proteção contra incêndios deve ser economicamente viavel. Durante o projeto do predio, os projetistas envolvidos devem responder a pergunta sobre quais os objetivos procurados na concepção do sistema. É preciso proteger as rotas de fugas ou os ambientes especiais? A evacuação das pessoas é a prioridade, grande numero de visitantes, ou a integridade dos equipamentos deve ser garantida? É sábio assegurar o máximo de redução de risco com o menor custo. Como exemplo, a proteção de uma indústria quimica deve se concentrar em evitar a falencia das instalações e garantir a segurança dos operadores, já que não existe publico presente e as pessoas no local têm previa informação sobre os procedimentos a serem seguidos. Entretando não podem ser esquecidas as prescrições especificas das empresas de seguro. O projeto das medidas de proteção contra incendios deve considerar a edificação como um todo e analisar todos os riscos existentes, para então definir a estrutura do sistema. Especificamente a proteção passiva busca vedar a passagem dos elementos do incêndio entre os ambientes evitando a sua propagação. Já são suficientemente conhecidas as portas e barreiras contra-fogo. Mas complementando o sistema é necessário o conhecimento sobre a utilização de massas, argamassas, tintas, placas, tijolos e almofadas que vedam pequenos espaços, mas suficientes para a propagação do fogo, da fumaça e do calor entre os ambientes, dificultando a permanência nos ambientes ou nas rotas de fuga. Para garantir a funcionalidade de sistemas elétricos vitais, devem-se utilizar componentes da instalação com capacidade de suportar altas temperaturas sem perder suas propriedades, garantindo a sua funcionalidade durante a existencia do incêndio. Neste caso estamos nos referindo a eletrocalhas, leitos, caixas para passagem de cabos e canaletas, construidas com tecnologia que permite a sua integridade durante o tempo definido como necessário para a saída das pessoas ou a extinção do incêndio. Para finalizar é fundamental ressaltar a necessidade de certificação destes produtos por normas especificas, através de organismos credenciados, assim como a certificação do sistema de proteção passiva contra incêndios pela sua instalação através de mão de obra igualmente qualificada pelo seu conhecimento técnico e suficiente experiencia. Sergio Roberto Santos é gerente comercial da OBO Bettermann do Brasil e especialista em Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS).
Extraído do site www.abracopel.org.br