I – MONITORAMENTO DA CONDIÇÃO DO ATIVO O monitoramento da condição do ativo tem como premissa a detecção prematura de anomalias antes que estas se tornem falhas.
A curva PF, representada na Figura 1, indica como a condição do equipamento e novos indícios de uma provável falha em função do tempo são percebidos. Neste cenário, as normas ISO 13379, ISO 13381, ISO 18436, ISO
A – Estratégia de Manutenção
Tradicionalmente, os planos de manutenção preventiva são baseados em tempo calendário ou por volume de produção. As programações baseadas em calendários são mais conservadoras e tem sua frequência ajustada de forma a evitar que um ativo seja submetido a uma avaria. Este cenário pode elevar os custos de manutenção, uma vez que a periodicidade definida precisa garantir um determinado valor de confiabilidade alvo, podendo em muitos cenários o componente ter uma durabilidade superior, sendo substituído prematuramente.
Planos de inspeção também são uma abordagem comum, porém podem sofrer do mesmo efeito colateral das trocas periódicas: o ajuste em sua periodicidade precisa estar refinado, tendo intervalos capazes de detectar a anomalia antes que esta se torne uma falha. A estratégia de manutenção deverá pautar-se na busca do equilíbrio entre os custos de manutenção e custo de indisponibilidade do ativo.
Conforme representado na Figura 2, os custos estão associados ao custo de manutenção preventiva e corretiva, somados ao custo de indisponibilidade daquele ativo.
Agir de modo reativo, eleva-se o custo total, uma vez que o ativo se torna mais indisponível devido à sucessivas falhas e atividades corretivas requeridas. No extremo oposto, está o modo excessivo, no qual também é observada uma elevada indisponibilidade do ativo, porém em decorrência de um elevado número de horas dedicadas à manutenção preventiva.
A estratégia de manutenção representa a abordagem a ser utilizada em um determinado grupo de ativos. Comumente, a estratégia é definida em função da criticidade do ativo, sendo equipamentos com maior classificação recebendo atividades de caráter preventivo e baseados em condição. A Figura 3 exemplifica
a relação entre efetividade e eficiência, para cada estratégia de manutenção.
B – Covergência IT-OT
Historicamente separados, é observada uma tendência de convergência entre os setores de OT e IT nas estruturas organizacionais de empresas industriais com estratégia de transformação digital. A tradicional Pirâmide da Automação, definida pela norma ISA 95, no contexto da Indústria 4.0 torna-se mais integrada: a distância entre os níveis operacionais e gerencias se torna mais curta, para tomada de decisões mais precisas e rápidas.
Por Fernanda Alves de Souza* e Caio Huais