A proteção das pessoas contra descargas atmosféricas quando em áreas abertas não é tratada pela NBR 5419, conforme indicado a seguir:
- Item 1.1: “Esta norma fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção conta descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações estruturas definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior dessas edificações e estruturas ou no interior da proteção imposta pelo SPDA instalado” (grifo nosso).
- Item 1.3: ” As prescrições desta Norma não garantem a proteção de pessoas e equipamentos elétricos ou eletrônicos situados no interior das zonas protegidas contra os efeitos indiretos causados pelos raios, tais como: parada cardíaca, centelhamento, interferência em equipamentos ou queima dos seus componentes causadas por transferência de potencial devidas à indução eletromagnética”.
Assim, por similaridade com as prescrições contidas no texto normativo que se aplicam à proteção das estruturas, pode-se tentar proteger seres vivos contra impactos diretos dos raios quando expostos em áreas abertas ( pastos, estacionamentos, parque, clubes, campos de futebol, nas ruas, etc.).
Após o impacto direto, acontecem alguns efeitos indiretos causados por uma descarga atmosférica, que são responsáveis pela maioria dos acidentes ocorridos. Geralmente, os efeitos são proporcionalmente mais numerosos e por isso produzem consequências mais graves para seres vivos do que os impactos diretos.
São considerados efeitos indiretos das descargas atmosféricas:
- Descargas lateral
Um tipo de centelhamento perigoso que acontece quando um ser vivo está próximo o suficiente do local onde circula a corrente do raio e a diferença de potencial causada é capaz de romper a isolação do ar. Um exemplo clássico é o de romper a isolação do ar. Um exemplo é o de pessoas que se abrigam embaixo de árvores.
- Tensão de passo e tensão de toque
Os projetos de SPDA consideram a questão da limitação adequada das tensões de passo e de toque, mas quando uma pessoa está em uma pátio ou próximo a qualquer estrutura que possa conduzir eletricidade, molhada e pisando sobre terra ou piso com baixa resistividade, as diferenças de potencial existentes no local podem ser suficientes para a circulação para a circulação de uma corrente elétrica cujo circuito inclua o corpo do ser vivo.
Em geral, as tensões do toque são mais perigosas para seres bípedes e as tensões de passo são mais perigosas para seres quadrupedes.
REVISTA O SETOR ELÉTRICO, Outubro de 2012.