Edição 64 – Maio 2011
Por Dácio de Miranda Jordão
Quem nos ajuda a responder esta questão é o nosso super-herói Zi-Ex. O Zi-Ex possui poderes extrassensoriais para lutar pela preservação da vida nos ambientes de área classificada. A história dele nós vamos conhecer um pouco mais no futuro. Mas, por enquanto, ele nos falará sobre o uso do celular em área classificada.
Pergunta: O uso de celular em área classificada representa perigo real ou é um mito?
Zi-Ex: O telefone celular pode operar com energias que ultrapassam o mínimo necessário para causar uma explosão ou incêndio. Realmente, a probabilidade de que essa energia entre em contato com a mistura inflamável é um evento de baixa probabilidade, mas, se acontecer, o resultado pode ser muito trágico. Existem vários relatos de ocorrências de incêndios e explosões causados pelo uso do celular.
Pergunta: Existem celulares aprovados para área classificada?
Zi-Ex: Sim. Na Alemanha, por exemplo, existem vários modelos de celulares certificados como “segurança intrínseca”. Imagine se não houvesse risco, o fabricante não necessitaria elaborar um projeto especial, de custo mais elevado, para garantir que não haja liberação de energia capaz de causar incêndios ou explosões.
Pergunta: Você poderia mencionar alguns casos reais?
Zi-Ex: Claro! Posso mencionar alguns:
- Há um caso que é público na rede web de um caminhão tanque de transporte de combustível, que explodiu em um posto de abastecimento, causando a morte de um funcionário. A fonte de ignição foi atribuída ao celular que estava sendo utilizado para iluminar o interior do tanque quando esse funcionário recebeu uma chamada no modo vibratório, e segundo consta, isso provocou a explosão.
- Há também aquele publicado num jornal de Maceió, que menciona como um celular provocou uma explosão que quase derrubou um prédio.
3. Outro caso é um princípio de incêndio a partir de um celular, conforme ilustra a foto a seguir:
O Zi-Ex continua esclarecendo que, além da energia circulante no circuito, tem que ser considerado também o fato de que, como o celular é um equipamento portátil, a sua bateria está incorporada a ele, e um dos eventos possíveis para a ocorrência de um sinistro é justamente a bateria se desprender e causar um curto-circuito. Por isso é que quando esses produtos são submetidos ao processo de certificação, um dos ensaios realizados é exatamente um curto-circuito na bateria, com o fim de avaliar se a energia liberada em curto-circuito será suficiente para causar uma ignição.
O Zi-Ex conclui dizendo que, embora a probabilidade de causar acidentes graves com o celular seja baixa, em certas situações isso pode acontecer. Por isso, baseado no princípio de que, na dúvida, deve-se optar pelo procedimento mais seguro, o recomendável é não utilizar o celular em áreas classificadas.
Para ilustrar uma situação vivida pelo Zi-Ex, ele nos forneceu uma reprodução, em quadrinhos, do que aconteceu certa vez em uma indústria petroquímica. Vejam a seguir: