Medidas de proteção coletiva

Vários itens da NR10 tratam de medidas de segurança elétrica para proteção das pessoas, mais especificamente os itens que tratam de medidas de proteção coletiva (10.2.8);  medidas de proteção individual (10.2.9);  seguranças na construção, montagem, operação e manutenção (10.4); segurança em instalações elétricas desenergizadas (10.5); segurança em instalações elétricas energizadas (10.6); e trabalhos envolvendo alta tensão (10.7).

As medidas de proteção coletivas, na sua maioria, são inerentes à própria instalação e abrangem o coletivo dos trabalhadores, usuários e terceiros expostos à mesma condição, por se serviram da mesma instalação. O objetivo dessa medidas é eliminar ou reduzir, com controle, eventos  indesejáveis, com o propósito de preservar a integridade  física das pessoas.

O item 10.2.8 da NR10 estabelece várias  formas de proteções coletivas nas instalações elétricas, não somente regulamentadas  para proteção dos eletricistas, mas sim de todos os trabalhadores e pessoas  que possam estar, direta ou indiretamente, expostos  aos efeitos da energia elétrica.

A seguir são indicadas as principais medidas de proteção coletivas tratadas na NR10.

Desenergização

A forma mais simples de eliminar totalmente os riscos com eletricidade é eliminar a presença dessa energia. Dessa forma, a NR10 tornou prioritária essa medida de segurança, respeitando seus limites de aplicação.

A eliminação da energia elétrica é denominada na NR10 como ” desenergização” e está imposta pelo item 10.2.8.2. Por ser de extrema importância, foi detalhada no item 10.5 da NR10.

Tensão de segurança

A medida de proteção proritariamente subsequente à desenergização é o uso de tensão de segurança é uma medida de proteção coletiva que emprega a extrabaixa tensão (EBT) como tensão máxima, à qual se pode expor o corpo humano sem o ocorrência de choque elétrico.

A tensão de segurança utiliza o conceito de extrabaixa tensão como medida de proteção das pessoas contra os choques elétricos e está tratada na ABNT NBR 5410:2004  no item 5.1.2.5 sob os títulos de SELV e PELV.

São vários os exemplos de emprego de EBT nos equipamentos e instalações com que convivemos diariamente: o telefone (48Vcc), o computador portátil (19.5Vcc), a iluminação da piscina (12Vca), as instalações hospitalares para controle de pacientes e uma série de aplicações que priorizam sempre a segurança do homem.

Proteção Básica

A proteção básica  ( contra contatos diretos), que é amplamente tratada na forma ABNT NBR 5410, pode compreender:

  • Isolação das partes vivas;
  • Uso de barreiras ou invólucros de proteção;
  • Obstáculos;
  • Uso de dispositivos de proteção à corrente diferencial/residual, e
  • Limitação de tensão.

Proteção Supletiva

A proteção supletiva  ( contra contatos indiretos), também exaustivamente tratada na ABNT NBR 5410, é prevista por meio de medidas que incluem:

  • Equipotencialização;
  • Seccionamento automático da alimentação;
  • Uso de separação elétrica, individual, e
  • Emprego de isolação suplementar ( dupla ou reforçada).

Revista O Setor Elétrico, outubro 2012.